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Por volta de 1986 a Fazenda Talismã já tinha em seu perímetro, algumas benfeitorias e juntas a estas, algumas cabeças de gado branco da raça nelorada. Nessa mesma época a Fazenda Cachoeiras estava em formação de invernadas, as quais serviriam de suporte forrageiro para tal gado da Fazenda Talismã. Quando o gado estava lotado na Fazenda Cachoeiras, os Peões e aqueles que lá iam olhar o referido gado, indo pela tropeira, montados a cavalo ou não, passavam por alguns Igarapés, dentre eles tinha um, que ali os animais da tropa saciavam sua sede, bem como, aqueles que os montavam ou aqueles que por ali passavam a pé. Naquela época, havia na ponta de uma vara, uma caneca de alumínio com um cordão amarrado em sua alça, a qual servia para tomar água, mesmo, montado a cavalo. Devido ao exposto acima, este igarapé recebeu o nome de “IGARAPÉ MATA SÊDE”.
O “IGARAPÉ MATA SÊDE” nasce em dois locais distintos, sendo um dentro da Fazenda Talismã e o outro na Fazenda Cachoeiras, ambos correm em direção ao Rio Francisco Bueno (Chico Bueno), se encontram e formam o referido Igarapé, o qual em seu leito continua com suas águas límpidas, percorrendo agora, apenas, dentro da Fazenda Cachoeiras.
Logo abaixo do ponto em que se tomavam água no referido Igarapé, está a mais alta cachoeira, dentro da Fazenda Talismã e Fazenda Cachoeiras, com sua beleza diferenciada, onde, suas águas despencam de uma altura aproximada aos seus 18 (dezoito) metros de imponência, contrastando com seu paredão de rocha de arenito e, ao mesmo tempo, gotículas se espalham como que se brincando com o vento. Também, naquele dia se via, contrastando juntamente com as águas alguns troncos e galhos atravessados naqueles paredões, os quais serviam como pude notar, juntamente com minha família a escondidos os macacos a passearem e a brincarem por aqueles troncos e galhos, e também, deles beberem água, sem mesmo descerem até abaixo na barranca do espelho d’água. É por isso que chamamos de “Cachoeira dos Macacos”.
A “CACHOEIRA DOS MACACOS” é um local ideal para se tomar banhos, suas águas ao chegarem às areias embaixo, vem com pouco impacto, como que querendo pulverizar devido ao vento formado pelo deslocamento das águas. Que delícia sentir e ouvir o cair das águas em nós, é como um momento mágico de privilégios único, só quem vai lá pode vivenciar tal dádiva e ao mesmo tempo, agradecer ao criador por tal beleza.
